Saberiam aquelas paredes o que estavam assistindo?
Me pergunto o que as árvores conversavam naqueles instantes musicais e chuvosos.
Não sem razão, os bancos estavam inquietos… era uma noite estranha.
Meia década se passaria até que uma nova era surgisse de forma completa.
Subestimávamos o tempo e o tempo nos subestimava.
Subestimava a nossa capacidade de guardar e transformar o café doce em amargo.
O desenho em vento.
As palavras em filosofia.
Os passos em estrada.
A porta que esperou tanto tempo não foi a mesma que se abriu para que os novos dias pudessem chegar. Foi outra porta, outra circunstância, os mesmos diferentes e iguais protagonistas.
Observava do lado de fora a luz do freio que se acendia,
A estrada não era mesmo uma reta
Mas eu não sabia
Eu não sabia.
As placas avisam:
Use o freio demais e terminará por destruí-los
Uma hora tudo se esgota, e então,
Se descobre por bem ou por mal,
Que a estrada, no fim das contas, não é uma reta
Mas um escuro labirinto
Que frequentemente atravessamos por instinto
Fundadora dos sites Vida em Equilíbrio e Demasiado Humano. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é mestranda em Filosofia Moral e Política pela mesma universidade, trabalhando questões sobre o conceito de liberdade com ênfase no idealismo alemão.
Isadora também está presente no Youtube através do seu canal Relatos de Motocicleta.