Estava aqui vendo um vídeo que já havia visto há muito tempo atrás. Trata-se de uma palestra proferida por Steve Jobs. Tal palestra foi realizada no ano de 2005 na Universidade de Stanford. Ele falou por um longo tempo sobre a trajetória de vida dele: desafios, conquistas, barreiras, etc. Porém, houve um ponto muito importante que ele falou e que merece nossa atenção: ligar os pontos. “Você não consegue ligar os pontos olhando em frente; você apenas consegue conectá-los olhando para trás”.
Evidente que o intuito dele não é de apresentar uma abordagem filosófica e, tampouco, mencionar fragmentos de pensamentos antigos. Entretanto, acredito que o discurso mereça uma atenção nossa e, ainda, vale a pena abordar o tema de forma minuciosa. Então, vamos lá:
Quando se fala em ligar, logo imaginamos em conexões e comunicação. Nos tempos atuais isso é algo indispensável: raro encontrar alguém que não se comunica através de um dispositivo eletrônico. Porém, a abordagem de Steve não é necessariamente dessa comunicação, mas sim de uma ligação em que podemos entender a conexão de dependência de algum evento passado. Sendo que este mesmo evento foi o “impulso inicial” para que eventos futuros pudessem ocorrer. Basta voltarmos ao conceito de tempo e veremos que o ilustre físico Einstein já mencionava que o tempo é relativo: sendo que o tempo se torna algo relativo as ações de cada individuo do que universal. Não há como englobar o conceito de tempo universalmente – embora saibamos que horas, minutos e datas perpassam em nossas vidas de qualquer jeito. Mas a questão não se trata do tempo Kronos, mas sim da forma em que usamos o próprio tempo. Exemplo: a pessoa quando está exercendo alguma atividade (como uma corrida, caminhada) o tempo para ela “passará mais rápido” do que para aquela pessoa que está parada/imóvel. Então, tempo é de fato algo relativo – se formos analisa-lo de forma individual.
Pois bem, Steve na verdade relata a experiência que ele teve e da questão da ligação dos pontos. De fato, é perceptível que a vida se tornou uma cadeia de fatos para ele. Porém, é assim em nossa vida também. Nós nascemos, crescemos, trabalhamos, estudamos etc. – enfim, praticamos algo em nossas vidas. Muitas das vezes não percebemos uma coisa ligada a outra. A pessoa para alcançar algum objetivo tem que passar por alguma situação para se ter o que almeja – exemplo: para passar em algum concurso, tem que fazer alguma prova; para conquista alguma garota, o rapaz tem que passar por algumas etapas ate mostrar o que senti pela pessoa. São na verdade etapas de vida – onde há varias fases a serem passadas.
Tais etapas podem estar ligadas umas as outras e é exatamente este ponto em que Steve relata em seu discurso. Não há algo ou evento que aconteça de forma isolada: sempre há alguma dependência de um fato para que o posterior possa ocorrer. Um ponto é necessariamente ligado ao outro – se, de fato, olharmos para trás e entender a ligação que um possui com o outro. Não há uma regra geral de momentos para todas as pessoas passarem: cada indivíduo tem sua própria vida e seu próprio momento. O que é universal é, de fato, a ligação dos pontos de um evento para o outro. Sendo que cabe a cada um entender e perceber a ligação de um evento com o outro.
Creio que a vida consista nisso: ligação dos pontos se olharmos para trás e entender a ligação de uma coisa com a outra. Daí poderemos, de fato, entender o sentido de cada momento e a ligação de uma coisa com a outra. Sendo que a ligação se dá apenas olhando para trás, pois só assim podemos compreender o sentido dos resultados do nosso presente e, ainda, o motivo que tal momento se deu.
Grato por terem lido até aqui e fica ai o convite à todos e a todas: compreender a nossa vida atual (presente) olhando para trás e, com isso, compreender de fato o sentido que ocorrem as coisas em nossas vidas.
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