É difícil contemplar o que já não existe
É difícil contemplar a realidade paralela do passado
Tudo transita, mas os
acordes se eternizam
as vozes que cantam o momento
os vídeos que registram o movimento
e os que escrevem a tempo
marcam a eternidade
Tudo é irrepetível
Nada mais é
E…
Por isso…
Amamos a arte
é ela o verdadeiro
ponto de conexão
com o além do tempo
Mas
Tudo é irrepetível
e nada mais é
A realidade não pede
à saudade um juízo de valor
A realidade não se importa
com a nostalgia, nem com a ansiedade
do não saber do amanhã
Mas quem é ela, essa tal de realidade?
Se nem sequer podemos compreender
o absoluto da epistemologia.
Eu arrisco dizer
que ela é a transitoriedade
A transitoriedade
do instante de um belo
entardecer
que em minutos
insiste em se
desvanecer
Fundadora dos sites Vida em Equilíbrio e Demasiado Humano. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é mestranda em Filosofia Moral e Política pela mesma universidade, trabalhando questões sobre o conceito de liberdade com ênfase no idealismo alemão.
Isadora também está presente no Youtube através do seu canal Relatos de Motocicleta.
Um comentário sobre “Mas quem é ela, essa tal de realidade?”
Isadora, amei isso!!!
Parabéns!!!
“E…
Por isso…
Amamos a arte
é ela o verdadeiro
ponto de conexão
com o além do tempo”.
Ah, realidade…
Tu, quase sempre é tão dura, que só maltrata a alma!