Nesse mundo em que grande parte das pessoas divulgam, quase que diariamente, fotos de suas vidas reproduzindo felicidade e ostentação a infelicidade parece não ter vez. A impressão que temos é que todos são felizes o tempo inteiro. Porém, será que é assim?

Visto que com o aumento de likes, aumenta o tamanho do ego, já que a aceitação social cada vez mais observa as redes sociais, os usuários optam por divulgar fotos super editadas, constantes “tbts” de viagens e pratos de comida que estão associados a lugares caros. Mas e os momentos de infelicidade? Onde estão?

Com toda certeza posso afirmar que o fracasso e a infelicidade são o outro lado da moeda. No entanto, esta face da moeda foi reprimida, escondida…, mas não é possível desaparecer com ela! Tão logo, se é possível perceber que os índices de ansiedade vêm crescendo, as pessoas parecem estar cada vez mais frágeis, e a solidão parece ter encontrado companhia em multidões. Este efeito está intimamente relacionado com a dependência emocional que as pessoas encontraram nas redes sociais.  Você usa e sente a necessidade de divulgar uma constante alegria por meio de fotos. Quem visualiza sente que deve fazer o mesmo. E assim o ciclo inicia.

Essa omissão deixa para trás o lado positivo do fracasso e da infelicidade: O aprendizado. Todos temos medo de errar, de sermos rejeitados, de falhar em nossos planos. Todavia, é possível viver sem estes riscos? Garanto que você pensa que não. Também arrisco dizer que você acredita que isso é algo comum, pois acontece com todas as pessoas. Mas, se ocorre com todos, por que evitamos falar sobre isso? Quando mais comum, menos queremos mostrar. Assim como só queremos mostrar o nosso melhor nas redes, é de se entender que há uma tendência de ocultar aquilo que há de mais comum.

Os antigos gregos acreditavam que ” o fracasso é o que nos torna humanos”, ou seja, não há nada mais normal do que cair e levantar. Todavia, também não há nada mais belo do que aprender com as falhas. Toda fuga do erro, é o abandono de uma chance de crescimento. Observar o momento da falha, é também reparar o caminho do sucesso.

De nenhum modo quero dizer que as redes sociais são o grande mal da civilização moderna.  Entretanto, deve-se ter cautela quanto ao seu uso. Elas podem ser um grande aliado para comunicação e entretenimento como também uma ferramenta de alienação. Lembrem-se, errar é humano!