Nossas relações estão cada vez mais complexas. Seriamos nós a geração cujo caos revoluciona, aprisiona ou paralisa? Diante da vastidão de informações muitas vezes desconexas, absurdas e de nossa facilidade em obter conhecimento, estaríamos preparados para tudo isso?
Seriamos nós o produto da filosofia existencialista, vazios e solitários buscando cada qual preencher da sua forma o vácuo existencial que habita em nós? Seriamos a geração do ressentimento que Nietzsche profetizava em seus escritos e pensamentos?
Narcísicos, possessivo e mimados… Assim somos chamados pelos filhos das gerações passadas. Somos a antinomia na antítese..seriamos nós uma geração dialética? Como o fogo consome a madeira, temos sede de consumir aquilo que chamamos de existência. A realidade que antes nós tornava imoveis e temedores do mundo, hoje nos revolta e incita a aceitar o absurdo em qual estamos pautados.
Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.
Albert Camus
A moralidade parece desabar diante dos nossos olhos. A lei que se contradiz negando sua própria validade, o Homem que se aniquila perante o tempo e espaço. Caos movendo caos, mas que gera vida e mudança constante. Somos o reflexo do mundo planejado e forjado por nossa própria especie, vemos nossas pseudo teorias se desmoronando perante nossa ”razão”. Assistimos de camarote nosso egocentrismo sendo exposto de maneira gritante ao percebermos que enganos a nós mesmos, dizendo por anos sermos “superiores”.
Toda essa superioridade hoje escore pelos nossos dedos, trazendo o sentimento de estar perecendo perante nossa própria razão, que nos condena com a consciência julgadora da verdade, nos mostrando nossa estupidez e nossas mentiras existências, metafisicas e cientificas. Mentiras essas que deram um pouco de conforto para nossa especie, atribuindo a um Ser metafisico nosso futuro e nossa liberdade. Assim, nos esquivamos de nossas culpas e de nossa responsabilidade perante o SER.
Acreditamos na farsa da evolução. Mas que evolução seria essa que nos trouxe a fome, miséria, alienação e morte? Aonde somos capazes de mentir para nossa própria consciência, deitando no travesseiro sem ao menos sentir a vergonha de saber que pessoas passam o dia sem comer, enquanto nossos armários se transformaram em estoques de abundancia e egocentrismo ?
Somos a geração do absurdo, reflexo da podridão herdade de nossa própria especie. Somos o caos, somos o fogo que queima e doí, mas que escancara nossa inutilidade perante a imensidão de nosso sistema solar.
Afinal. Quem Somos? Para onde Vamos? De onde viemos? Diante disso, nós os “superiores” ficamos em silencio!
Matheus John, Licenciatura em Filosofia pelo Instituto de Ensino Superior Sant’Ana. Filosofia Existencialista
Um comentário sobre “Quando o status de “superioridade” revela nossa inutilidade perante o universo”
Mbora se diga que somos a essencia de Deus , não sabemos quem somos .
E vivemos sem amar o próximo.
Fazemos guerra que mata inocentes e culpados ao mesmo tempo e que de superior não temos e nem somos nada .