O primeiro período da filosofia é marcada pelo pensamento Grego. Os pré-socráticos deixam de lado explicações mitológicas sobre os fenômenos naturais e adotam um estudo racional. A ética e a Política passam por estudos sintemáticos com Sócrates. Platão e Aristóteles propõe uma síntese desses pensamentos. E os Helênicos desenvolvem a epistemologia. De fato, é um período muito rico da história do pensamento.
Vamos abordar os dois momentos fundamentais do Medievo:
1.Patrística:
São os pais da Igreja. Em um momento que o Cristianismo ganhava espaço, era necessário uma sistematização do conhecimento. O objetivo era gerar uma unidade para enfrentar povos que cultuavam o politeísmo.: Fé e Razão não eram contraditórios. Guiados pelos estudos de Platão, estes filósofos relacionavam a razão humana com a busca pelo sagrado, divino.
Justino explica: Os filósofos gregos cultuavam somente parte da verdade. Enquanto, um filósofo da patrística poderia ir mais longe. Seu intelecto ao examinar o mundo participaria da razão divinha.
Veja essa passagem:
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito. O que foi feito nele era a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam. Houve um homem enviado por Deus. Seu nome era João. Este veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Ele era a luz verdadeira que ilumina todo homem; ele vinha ao mundo. Ele estava no mundo e o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que creem no seu nome, eles, que não foram gerados nem do sangue, nem de uma vontade da carne, nem de uma vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós; e nós vimos a sua glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único, cheio de graça e de verdade
Por isso, Manoel Vasconselos diz: Este texto é bastante significativo, uma vez que o Filho de Deus, Jesus Cristo, o Verbo encarnado, é identificado com o logos, uma
noção sumamente importante da filosofia grega. Uma outra passagem bastante importante para compreender o esforço dos Padres em oferecer explicações bem fundamentadas teoricamente para as questões da fé pode ser encontrada na primeira epístola de Pedro: “antes, santificai a Cristo, o Senhor, em vossos corações, estando sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pede” Há, pois, uma recomendação para que os cristãos não se furtem a dar
as razões de sua fé.
O principal representante desse período é o Santo Agostinho. Fortemente influenciado pelos textos de Platão.
2. Escolástica:
O pai da Escolástica é o Boécio. Até meados do século XII tudo que se conhecia de Aristóteles, vinha das traduções de Boécio. Outro motivo que tornava esse pensador tão influente foi sua obra “A Consolação da Filosofia “. A Escolástica assim dava largada. Um dos grandes problemas que enfrentava era o problema dos universais. Um tópico de ontologia, natureza das coisas mesmas, que vai ser abordado em outro post.
Manoel Vasconselhos coloca: O método escolástico que, de certa forma, vem florescendo desde Boécio, consiste em discussões filosóficas orais e escritas, executadas
sob diversas formas: a Lectio consistia na leitura (exposição por um mestre) de obras dos autores importantes, revestidos de autoridade
intelectual; a Disputatio consistia em debates filosófico-teológicos com regras determinadas, onde a discussão intelectual intentava o
esclarecimento de temas importantes e controversos. Essas disputas, que eram uma espécie de torneio intelectual, podiam dizer respeito a
temas específicos (quaestiones disputatae) ou sobre qualquer tema (quaestiones quodlibetales) 58. Este método escolástico que estará plenamente estruturado apenas alguns séculos mais tarde, com o advento das universidades, já começa a ser colocado em prática.
Isso porque a Escolástica ensina um novo modo de pensar. Por meio das Latios, discussões filosóficas por meio da fala e escrita. E por meio do Trivium e quadrivium. Veja:
u Trivium: gramática, retórica e dialética
uQuadrivium: aritmética, geometria, astronomia e música
Era o método que todos os estudantes que seriam Padres e Filósofos deveriam dominar.
O principal nome da Patrística é Santo Agostinho. Tomas de Aqui é o maior representante da Escolástica e da filosofia medieval como um todo. O primeiro sofre influencia de Platão. O segundo de Aristóteles.